A voz Eu tinha chegado tarde à escola. Os corredores já estavam vazios e os meus passos ressoavam na minha cabeça. Ao abrir a porta da minha sala de aula vi que estava vazia. "Que é isto?" Larguei a correr, picado por uma ponta de aflição. Depois de...
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A voz Eu tinha chegado tarde à escola. Os corredores já estavam vazios e os meus passos ressoavam na minha cabeça. Ao abrir a porta da minha sala de aula vi que estava vazia. "Que é isto?" Larguei a correr, picado por uma ponta de aflição. Depois de procurar em todos os cantos da escola, não encontrei viva alma. Pensei: - Que dia é hoje? Será que é feriado? Há alguma greve? Liguei o meu telemóvel, fui ao calendário ver o dia da semana e reparei que tinha uma SMS de um amigo: “Não vás à escola.” Ansiosamente perguntei: - P-o-r-q-u-ê-? Logo a seguir caiu nova mensagem: “Gui, se estiveres aí, sai rapidamente!”. Senti-me em pânico, como se não conhecesse a minha escola. Lancei-me a correr, desesperado. Atrás do eco dos meus passos soou-me o eco de outros passos, pesados, cada vez mais próximos de mim. As luzes do corredor apagaram-se e deixei cair o telemóvel. A tremer, tentei apanhá-lo, mas, logo que me debrucei, senti algo a agarrar-me. O medo apoderou-se de mim, fechei os olhos e pensei
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