O DESEJO DE UMA VIDA, TRAVESTIDA. Por Manoel Moacir - Artista – educador e Doutorando no programa de artes cênicas PPGAC/USP O que mais me marca no trabalho do Coletivo As Travestidas é sua defesa pela afirmação de um modo de vida trans, criando numa zona...
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O DESEJO DE UMA VIDA, TRAVESTIDA. Por Manoel Moacir - Artista – educador e Doutorando no programa de artes cênicas PPGAC/USP O que mais me marca no trabalho do Coletivo As Travestidas é sua defesa pela afirmação de um modo de vida trans, criando numa zona de interseção (e conflito) entre arte, vida e política. Dizer isso implica pensar numa arte que não se cala diante de seu tempo, que vê o escuro de seu tempo, e sobre ele lança luzes, como diria o filósofo italiano Giorgio Agamben, em seu ensaio “O que é o contemporâneo”. A associação com a filosofia e um pensamento político não são deslocadas. As formas de Quem tem medo de travesti estão, do começo ao fim, energizadas desse propósito. É uma opção assumida e anunciada por Patricia Dawson já nos primeiros momentos, após ouvirmos uma voz em off, numa gravação que mostra o desespero de um transexual, que depois poderemos associar ao professor que se suicida em Mossoró, perseguido pela intolerância de seu entorno. Algo que ecoa o que muit
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