Os “brasileiros” que, no último quartel do século XIX e primeira metade do século XX regressaram ricos a Portugal, tiveram, na sua grande maioria, necessidade de encontrar, ao transferirem-se das grandes metrópoles brasileiras onde construíram as suas...
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Os “brasileiros” que, no último quartel do século XIX e primeira metade do século XX regressaram ricos a Portugal, tiveram, na sua grande maioria, necessidade de encontrar, ao transferirem-se das grandes metrópoles brasileiras onde construíram as suas fortunas para os pequenos concelhos ou freguesias de onde eram oriundos, novas formas de sociabilização. E, embora muitos deles, ao regressarem, tivessem adquirido também residência numa das grandes cidades portuguesas (o que lhes permitia uma presença assídua em atividades sociais), fazia-lhes falta estar próximos dos seus torrões natais onde cultivaram amizades e convivialidades, fosse através de relações com as antigas elites, fosse organizando, eles próprios, momentos de convívio social que passavam por saraus, visitas mútuas, merendas coletivas, passeios turísticos pela região ou, o que também era comum aos que para isso tinham capitais, viagens de recreio através da Europa.
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