Achados e Perdidos
“Quem quiser ajudar a arrumar a bagunça, pode”
Por Mayara de Araújo
O dito popular reza: coração do outro é terra que ninguém anda. E o Coletivo Casulo,
com Achados e Perdidos, desobedece. A proposta é contrária – deve-se, sim, caminhar...
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Achados e Perdidos
“Quem quiser ajudar a arrumar a bagunça, pode”
Por Mayara de Araújo
O dito popular reza: coração do outro é terra que ninguém anda. E o Coletivo Casulo,
com Achados e Perdidos, desobedece. A proposta é contrária – deve-se, sim, caminhar
pelo outro, por mais tortuosas que sejam essas veredas, e perder-se nelas, se necessário,
se prazeroso.Andrei Bessa, Danilo Castro, Edivaldo Batista e Keka Abrantes, quatro
graduados no curso de Artes Cênicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará – IFCE, montam, a partir de memórias compartilhadas, uma obra
cênica autobiográfica, repleta de coragem para remexer em histórias tão delicadas, isso
munidos de uma poesia crua, que foge de um romantismo barato, superficial.
As reminiscências de família estão muito incrustadas na obra. A camisola da avó, o
retrato de alguém, o pianinho, o ursinho da infância, as imagens de santos e de orixás,
uma agenda antiga, muitas fotos nas paredes. Assim o teatrinho de arena mon
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