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CONFISSÕES DE AGOSTINHO
CAPÍTULO VI. A eloquência de Fausto
Durante os quase nove anos em que meu espírito errante deu ouvidos
aos maniqueus, esperei ansiosamente a vinda de Fausto. Os demais
adeptos, com os quais me...
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CONFISSÕES DE AGOSTINHO
CAPÍTULO VI. A eloquência de Fausto
Durante os quase nove anos em que meu espírito errante deu ouvidos
aos maniqueus, esperei ansiosamente a vinda de Fausto. Os demais
adeptos, com os quais me encontrava casualmente, embaraçados com
as objeções que eu lhes fazia, remetiam-me a ele que, à sua chegada,
com uma simples entrevista resolveria facilmente todas aquelas
dificuldades, e ainda outras maiores que me ocorressem, de maneira
claríssima.
Logo que chegou, pude notar que se tratava de um homem simpático,
de fala cativante, e que expunha os temas comuns dos maniqueus, mas
com muito mais agrado que eles. Mas, que interessava à minha sede este elegante copeiro
de copos preciosos? Eu já tinha os ouvidos fartos daquelas teorias, e nem me pareciam
melhores por serem expostas em melhor estilo, nem mais verdadeiras pela elegância de
suas formas; nem eu considerava Fausto mais sábio por ter o rosto de mais graça e sua
linguagem
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