Viajam ambos em sono profundo depois do tórrido momento do
primeiro encontro, num comboio com destino a Paris.
A Lua
esmorecera e o dia acabava de nascer, a chuva ganhara de novo
terreno ao nevoeiro e voltava a cair, Teresa rejuvenescia a cada
momento no...
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Viajam ambos em sono profundo depois do tórrido momento do
primeiro encontro, num comboio com destino a Paris.
A Lua
esmorecera e o dia acabava de nascer, a chuva ganhara de novo
terreno ao nevoeiro e voltava a cair, Teresa rejuvenescia a cada
momento no descanso da sua paz.
O destino final aproximava-se, a estação da Gare D Austerliz, e como
assim era, ao alterar o ritmo sincopado da sua marcha, os guinchos
metálicos dos travões a serem acionados sobre os trilhos, acabaram
por o despertar primeiro, impulsionando Luís no retorno ao seu lugar,
junto de Teresa.
Queria desesperadamente lá estar quando ela
despertasse.
Vagueara até à brisa rápida da noite para fumar, e
adormecera aí, no chão da plataforma.
Despertava agora ainda meio
cambaleante, com uma baba de fuligem a escorrer-lhe queixo abaixo,
sem bem ter a certeza se tudo havia sido um sonho ou não.
Apertou
firmemente o bolso do casaco, sentiu um objeto lá dentro, um tecido,
uma peça de roupa? Teria coragem para a tirar do bol
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