Plínio Monteiro sabia que metade da paz doméstica estava em não a desmentir nunca.
A
outra metade era um exercício precário de compreensão.
Não tinham filhos e
suportavam esse lapso da natureza sem se recriminarem.
Assim ela o julgava pelo
menos....
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Plínio Monteiro sabia que metade da paz doméstica estava em não a desmentir nunca.
A
outra metade era um exercício precário de compreensão.
Não tinham filhos e
suportavam esse lapso da natureza sem se recriminarem.
Assim ela o julgava pelo
menos.
Plínio, mais do que tudo, desejava era deixar semente sua neste mundo, mas ela
nunca lhe dava arresto a essa vontade, e escapava-se com mezinhas de fala ao jorro
impetuoso da sua intenção.
- Não quero coisa alguma a crescer-me aqui, - E apontava-lhe a sua barriga.
– Querome manter moça e bonita para ti.
Plínio duvidou que tivesse sido a sua última palavra.
Pensava que quando uma mulher
diz que não fica à espera que insistam antes de tomar a decisão final.
Mas com ela era
diferente, e não parecia haver jeito de gente ou do diabo que lhe mudasse a
determinação entranhada.
Foi por isso buscar solução a Deus.
Ainda mal cantava o galo na manhã seguinte e já
ele se encaminhava em passo ligeiro farejando a batina do prior.
Encontrou-o a m
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