Rumo a um lugar que não se conhece ainda
Moacir dos Anjos
Acercar-se sensorialmente do mundo.
Apreendê-lo no que possui de singular sem
reduzi-lo a uma dimensão apenas.
Investi-lo de humanidade a partir de sua exploração
contínua.
Não somente com a...
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Rumo a um lugar que não se conhece ainda
Moacir dos Anjos
Acercar-se sensorialmente do mundo.
Apreendê-lo no que possui de singular sem
reduzi-lo a uma dimensão apenas.
Investi-lo de humanidade a partir de sua exploração
contínua.
Não somente com a capacidade da visão, mas com todos os sentidos juntos,
pois, como dizia Merleau-Ponty, “o mundo está à minha volta, não na minha frente”.
É
esse ímpeto de conhecimento múltiplo e inquieto que primeiro move o trabalho de
Waléria Américo.
É ele que a faz avançar rumo a um lugar que não se conhece ainda:
um lugar que se constrói e se mostra no percurso mesmo em que é percorrido.
A
dúvida, portanto, é seu impulso maior para fundar o território simbólico que habita, e
que ganha contornos mais definidos – embora sempre inconclusos – a cada novo
trabalho que cria.
Em uma série de seis fotografias, caminha sobre a balaustrada de um viaduto,
estrutura feita para proteger da queda os veículos que o utilizam.
Não é esse um lugar
esperado para a
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