Transatlântico, que por vezes parece uma carta, é narrado em primeira pessoa por um personagem feminino que parece falar com e para o outro, masculino, que aparece/desaparece em viagens, momentos de minutos contados ou, no último fragmento, parece...
More
Transatlântico, que por vezes parece uma carta, é narrado em primeira pessoa por um personagem feminino que parece falar com e para o outro, masculino, que aparece/desaparece em viagens, momentos de minutos contados ou, no último fragmento, parece desaparecer para sempre. Mas não é uma história triste, do desaparecimento ou do desamor. Como a própria autora resolve colocar na última página do último capítulo, uma citação de Raduan Nassar, em Um Copo de Cólera: “pois fui tomada de repente por uma virulenta vertigem de ternura”. Transatlântico é uma história de ternura.
Em Transatlântico, a cidade de Fortaleza aparece como cenário em alguns fragmentos, mas não como em uma Ode, apenas como necessidade da autora de situar em algum lugar existente, e tinha que ser o seu.
Em 2010, a obra foi uma das vencedoras do Prêmio Otacílio de Azevedo, promovido pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará.
Less