A ÁRVORE QUE FALAVA
Lá longe, muito longe… bem no coração da savana, vivia uma árvore maior e mais velha do
que qualquer outra.
Sob a sua corcha abrigava toda a sabedoria de África.
Junto ao seu tronco, por
entre as altas ervas, a leoa espiava o antílope...
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A ÁRVORE QUE FALAVA
Lá longe, muito longe… bem no coração da savana, vivia uma árvore maior e mais velha do
que qualquer outra.
Sob a sua corcha abrigava toda a sabedoria de África.
Junto ao seu tronco, por
entre as altas ervas, a leoa espiava o antílope ou a zebra que se tinham afastado do grupo… E, como
era a única árvore das redondezas, os pássaros, que se empoleiravam nos ramos mais altos,
conheciam-na bem, assim como as girafas que comiam as folhas dos ramos do meio e os leões que
se estendiam sob os ramos baixos para fazerem a sesta…
E assim a árvore conhecia todos os segredos dos pássaros, dos leões, das girafas, das zebras e
de muitos outros animais.
É que ela escutava com todas as suas folhas.
Até mesmo os homens
vinham sentar-se debaixo dela para, no momento das grandes decisões, discutirem os assuntos mais
graves à sombra dos seus ramos.
A árvore sabia mais sobre os homens do que o mais velho dos
anciãos e o mais sábio dos sábios.
Porque ela sabia calar-se, enquanto el
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