RETRATOS DE GALEGOS - II
Luís Dantas
EMIGRAÇÃO INTERPENINSULAR
Os portugueses vão para o Brasil, nós vamos para
Portugal.
É mais perto, melhor caminho e ganha-se mais dinheiro.
Eduardo de Noronha, Memórias de um Galego.
O êxodo rural torna-se visível...
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RETRATOS DE GALEGOS - II
Luís Dantas
EMIGRAÇÃO INTERPENINSULAR
Os portugueses vão para o Brasil, nós vamos para
Portugal.
É mais perto, melhor caminho e ganha-se mais dinheiro.
Eduardo de Noronha, Memórias de um Galego.
O êxodo rural torna-se visível durante o reinado de Filipe IV e agrava-se na época desditosa
do seu filho Carlos II, O Amaldiçoado, que era um
homem meio tonto, um pau-mandado.
.
.
Foi desde então, nos séculos XVII e XVIII, sem dúvida,
que os laços das comunidades agrícolas galegas se
romperam.
Contudo, a maior parte dos indivíduos
parece que não se afasta muito da terra de origem.
Estamos a vê-los a atravessar as fronteiras do Minho ou de Trás-os-Montes, e é por lá que andam
nos trilhos do contrabando, no ganha-pão, a vender
peles; rachar madeira nos bosques; meter carga em
barcos; na azáfama das segadas; na apanha da azeitona; a surribar a terra para plantação de parreira;
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