Era uma vez uma pequena aldeia, encimada por um austero e
sinistro castelo onde vivia um singular conde D.
José que, por infortúnio
do ditoso destino, era dislexico.
Não raras vezes, confundia a direita com
a esquerda.
Sendo sinistro de nascença, educado...
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Era uma vez uma pequena aldeia, encimada por um austero e
sinistro castelo onde vivia um singular conde D.
José que, por infortúnio
do ditoso destino, era dislexico.
Não raras vezes, confundia a direita com
a esquerda.
Sendo sinistro de nascença, educado cuidadosamente na
mestria do canhoto membro, sentira um apelo inexplicável pelo uso da
dextra.
Reza a sabedoria popular que uma mão dá e outra tira e com esta
triste premissa mergulhara o povo do dito condado no mais dedicado e
cinzento cabisbaixismo.
É que, para desgraça de todos, a mão
usurpadora, a dextra garra, havia sido a mão da sua eleição, devido à
nefasta dislexia de que enfermava.
O Conde, imbuído da mais nobre
lisura, era capaz de afirmar sem vacilar, que aquela direita era a sua
sinistra.
Encerrado no inacessível Castelo, o Conde fazia-se
acompanhar pelo mordomo-mor, copeiros, cozinheiros e um sem-número
de servidores.
Desciam ecos da colina onde se erguera o imponente
Castelo, de que o Conde encerrara numa velha sa
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