Um certo dia.
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Por Thiago Pérez
Certo dia acordei de um sonho.
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sonhei com Raoni me pedindo ajuda.
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Ele me pedia em
sua língua e surpreendentemente eu o compreendia: "O mundo precisa saber.
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o Rio precisa
ser Salvo.
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A...
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Um certo dia.
.
.
Por Thiago Pérez
Certo dia acordei de um sonho.
.
.
sonhei com Raoni me pedindo ajuda.
.
.
Ele me pedia em
sua língua e surpreendentemente eu o compreendia: "O mundo precisa saber.
.
.
o Rio precisa
ser Salvo.
.
.
A floresta.
.
.
a Grande Floresta precisa de ajuda.
.
.
".
Foi um sonho tão real que
realmente naquela manhã despertei com um nó na garganta e um aperto forte no peito.
Lembrei de minha viagem à aldeia Idzô uhu por ocasião de uma reportagem.
Lembrei das
danças ao redor do fogo, das crianças correndo, dos arcos, das flechas, lembrei das palavras
da língua xavante que aprendi.
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Lembrei das aulas de Tupi do professor Navarro.
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Lembrei
também que os povos indígenas são marginalizados há séculos e que pouco se fala sobre
isso por aqui.
Curioso é que ouço mais falar de índios do Brasil quando viajo pelo mundo do
que aqui nesta nossa terra Tupiniquim.
O nó na minha garganta ficou mais apertado
enquanto
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