AS LEVADAS DA MADEIRA: DO PRIVADO AO PÚBLICO
ALBERTO VIEIRA
Desde tempos imemoriais a água foi o motor da História: saciou a sede os sedentos,
serviu para aproximar os homens, ou para substitui-lo em algumas tarefas e dar vida e
riqueza aos campos.
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AS LEVADAS DA MADEIRA: DO PRIVADO AO PÚBLICO
ALBERTO VIEIRA
Desde tempos imemoriais a água foi o motor da História: saciou a sede os sedentos,
serviu para aproximar os homens, ou para substitui-lo em algumas tarefas e dar vida e
riqueza aos campos.
Por tudo isto a água assume uma função vitalizadora da
economia.
Fernand Braudel identifica a cultura de sequeiro com a liberdade e a de
regadio com a escravatura.
Foi isso, na verdade, que aconteceu na Madeira.
Os
escravos traçaram as levadas e os heréus envolveram-se numa subjugação total à
água, alimentando querelas.
A afirmação da cultura da cana sacarina nos primórdios da ocupação da ilha
obrigou à definição de um sistema de canalização da água no sentido da sua utilização
para o regadio e aproveitamento da sua força motriz nos engenhos.
O primeiro e mais
importante investimento dos madeirenses foi na construção de levadas.
Por isso
mesmo a água assumiu um papel fundamental na economia e sociedade de então.
A partir dos anos tri
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