A CANA-DE-AÇÚCAR E O MEIO AMBIENTE
ALBERTRO VIEIRA
Dificilmente se encontrarão formas de utilização dos recursos dos solos que se possam
rivalizar com a agro indústria canavieira quanto à capacidade de condicionar um tipo de
sociedade e de economia, de...
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A CANA-DE-AÇÚCAR E O MEIO AMBIENTE
ALBERTRO VIEIRA
Dificilmente se encontrarão formas de utilização dos recursos dos solos que se possam
rivalizar com a agro indústria canavieira quanto à capacidade de condicionar um tipo de
sociedade e de economia, de modelar um tipo de paisagem e de estruturar um tipo de
arranjo económico do espaço.
(Mário Lacerda de Melo, O Açúcar e o homem, 1975)
Já afirmou alguém, com muita razão, que o cultivo da cana-de-açúcar se processa em
regime de autofagia: a cana devorando tudo em torno de si, engolindo terras e mais
terras, dissolvendo o húmus do solo, aniquilando as pequenas culturas indefesas e o
próprio capital humano, do qual a sua cultura tira toda a vida.
E é a pura verdade.
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Donde a caracterização inconfundível das diferentes áreas geográficas açucareiras, com
seu ciclo económico, com as fases de rápida ascensão, de esplendor transitório e de
irremediável decadência.
Ciclo este que se processa tanto mais rapidamente quanto
menores os recurso
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